Usuários reclamam da estrutura do terminal de passageiros Prefeitura estuda contratar empresa para gerenciar local

Da Redação

Inaugurado no ano de 2010, o terminal de transportes de passageiros de Fazenda Rio Grande, vem gerando centenas de reclamações de parte dos usuários que passam pelo local. O terminal foi construído pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU) e da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC). As obras custaram R$ 5,6 milhões.

Diariamente passam pelo terminal em torno de 40 mil pessoas e grande parte reclama das condições do terminal, principalmente em dias de chuva forte. O telhado não impede que a chuva atinja as pessoas que ficam à espera do ônibus. “É um absurdo esse terminal. Não adianta guarda-chuva, pois fizeram um telhado que não evita a entrada da água. O engenheiro que planejou isso aqui deve ter feito o curso por correspondência”, ironiza o montador de móveis, João Antônio de Souza, que passa diariamente pelo local. Para a diarista Sandra da Silva, em dia de chuva, todos se molham. “Quando a chuva vem forte e deitada, a gente fica toda molhada. É um descaso. Os responsáveis precisam modificar esta cobertura”, reclama.

E os problemas que geram reclamações, não estão apenas no telhado. Os banheiros vivem sujos, diante do uso constante de parte dos usuários. “É nojento entrar no banheiro”, reclama Sandra. Ela acredita que os espaços deveriam ser maior. As lojas construídas non terminal nunca foram usadas e a maioria dos passageiros sugere que no local sejam instalados uma lanchonete, farmácia e mercearia. “Às vezes tenho que sair do terminal para comprar pão, leite. Penso que no local deveria ter um pequeno comércio, assim como tinha no antigo terminal”, reclama Lucas Gonçalves, estudante em Curitiba e que passa pelo terminal de segunda a sexta-feira.

O vereador Homem do Chapéu, alguns dias atrás, apresentou requerimento, sugerindo para que o terminal seja entregue para a iniciativa privada. “A prefeitura deveria promover uma licitação e entregar a administração do terminal para uma empresa privada. No contrato deveria constar de que a empresa que exploraria o local, faça todas as adequações que ofereçam conforto aos usuários, como melhorias no telhado, nos banheiros e coloque em funcionamento algumas lojas comerciais, como lanchonete e uma farmácia. Isso é oferecer comodidade por quem passa pelo local”, explica o Homem do Chapéu.

O Secretário de Planejamento, Claudemir Andrade, disse que a prefeitura pretende passar a administração do terminal para a iniciativa privada. Segundo o secretário, será feita licitação para escolher qual empresa vai gerenciar o local. “Reconhecemos os problemas no terminal e, diante disso, decidimos entregar a administração para uma empresa especializada. Mas, para que isso se torne possível, temos que ter a aquiescência da COMEC. Somos responsáveis pela administração, mas para contratar uma empresa, temos que ter a autorização da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba. É como se fosse o aluguel de uma casa, onde o inquilino, para fazer alguma melhoria no imóvel, tem que ter autorização do proprietário. O projeto está bem avançado e esperamos concluir logo este imbróglio, Queremos o terminal em boas condições para oferecer conforto aos milhares de usuários”, finaliza Claudemir.