Número de casos ativos em Curitiba é o terceiro maior da pandemia de Covid-19

Da Assessoria

Em 21 dias, o número de caso ativos da Covid-10 praticamente dobrou em Curitiba. Segundo dados do boletim da Secretaria Municipal de Curitiba, divulgados nesta segunda (16), a capital tem agora 6.849 casos ativos, quase o dobro do registrado em 27 de outubro: 3.492. Este índice é fundamental ser analisado diariamente, pois é o porcentual de pessoas infectadas pela Covid e que também tem potencial de infectar. A última vez que o número de casos ativos se aproximou dos 6.849 desta segunda foi em 23 de julho (6.941), auge da pandemia de coronavírus na cidade. Aliás, o número de casos ativos atualmente é o terceiro maior de toda a pandemia, perdendo apenas para o dia 24 de julho, com 7573 casos e dia 23 do mesmo mês, com 6.941. 

O prefeito reeleito Rafael Greca (DEM) reafirmou em entrevista ao Bem Paraná, nesta segunda (16) que n~so pretende alterar a bandeira amarela em vigor, atualmente em Curitiba em relação àpandemia do Covid-19, ou promover um “lockdown”, como adversários teriam espalhado na reta final da campanha eleitoral. Ele insiste, porém, que tudo dependerá do comportamento da população nos próximos dias, em relação à manutenção das medidas de prevenção e distanciamento.“A média ponderada ainda está equilibrada. Mas claro que eu preferia ter 400 casos ativos por dia do que 700. Mas eu preciso que a população use máscara, lave às mãos, passe álcool em gel, mantenha o distanciamento social, areje os ambientes. E que ninguém ponha o pé na jaca se for para o bar, ou for para o restaurante, para a praia, o parque. Não se amontoem”, pediu Greca. “Se a população for inteligente o comércio nunca mais vai fechar. Agora se for preciso tomar medidas sanitárias, elas serão tomadas pelas autoridades sanitárias”, avisou. “O que não tem cabimento é transformar na véspera da eleição as medidas sanitárias em um ato de terrorismo do prefeito contra o seu povo. Não é. É um ato de proteção sanitária. Isso é uma coisa muito ignorante que tentaram fazer comigo e tentaram fazer com os curitibanos. Foram arquivados no lixo da história. Entraram muito maiores da eleição do que saíram”, criticou o prefeito.

De acordo com Alcides de Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, em entrevista na sexta passada, o cenário de bandeira amarela resulta da capacidade de resposta dos serviços de saúde de Curitiba frente à demanda por atendimento. “Só uma explosão de casos, num patamar acima de mil por dia, pode levar a uma mudança de bandeira”, prevê o diretor. O número subiu 1.144, mas foi de sábado (14) para segunda (16), já que não houve boletim no domingo (15). ” número de casos, isoladamente, não é o suficiente para impactar numa mudança de bandeira, pois é o único dos nove indicadores do painel que está em vermelho até agora. Os outros de maior peso, como número de óbitos e ocupação de leitos, seguem estáveis”, complementa. O sistema de monitoramento da covid-19 foi instituído em Curitiba em 9 de junho. Nele são avaliados nove indicadores, divididos em dois grupos: nível de propagação da doença e capacidade de atendimento da rede”, diz Oliveira.  Alcides lembra que os internamentos de casos confirmados de covid-19 estão caindo, de 14% para 11%. Isso quer dizer que menos pessoas infectadas estão precisando ser internadas e menos internados morrem.

Boletim do dia

No acumulado de dois dias, domingo (15/11) e segunda-feira (16/11), Curitiba registrou 1.508 novos casos de Covid e 10 óbitos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde. São cerca de 750 casos por dia, o mesmo número registrado na semana passada. Os testes foram realizados pela rede pública de saúde e pelos serviços privados.