Hospital de Piên atende no limite e recebe elogios no legislativo

 Hospital de Piên atende no limite e recebe elogios no legislativo
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Hospital Hary Guido Greipel de Piên é referência na região

A Fundação Harry Guido Greipel, mantenedora do hospital de Piên, não tem nenhuma dívida. Isso se deve, graças a organização da gestão do hospital, que gasta apenas o que recebe. “Gastamos R$ 309,00 com médicos, funcionários, alimentação, entre outras despesas. Este valor é o que recebemos. Atendemos pacientes do município e cidades da região e estamos no limite”, disse Robson Marcon, diretor executivo do hospital. Ele, ao lado de Lúcia Cavalheiro, presidente da Fundação e de Alcionete Moeller, gestora, estiveram no legislativo, atendendo oficio do vereador João Nunes, que afirmou que a casa de saúde não presta bom atendimento a idosos e crianças. “Atendemos a todos indistintamente, pois esta é a nossa obrigação”, observou Alcionete.

Robson deu detalhes de como funciona o hospital, informando que a Fundação recebe mensalmente R$ 146 mil da prefeitura, R$ 110 do Estado e apenas R$ 53 mil da Produção SUS. Além destes valores, eventualmente vem algum valor de emenda parlamentar, que supre algumas necessidades. “Gostaríamos que os vereadores e autoridades busquem juntos aos prefeitos da região, alternativas de contribuição financeira, pois sempre atendemos pacientes destas cidades”, opinou Robson. “Entendo a cobrança do vereador João, mas ele deve compreender que procuramos dar o melhor aos pacientes. Contratar mais médicos seria uma ótima solução, mas jamais vou endividar o hospital para suprir esta demanda”, disse o diretor, sugerindo que os valores, atualmente repassados à Fundação, fossem aumentados, já que mês a mês, diminuem. “Pagamos horas extras a médicos, enfermeiros e servidores, que muitas vezes precisam acompanhar pacientes para outras cidades. Estes adicionais são de nossa responsabilidade, mesmo atendendo doentes do SUS. Enfim, muito tem que ser feito. Somos um hospital de referência, mas necessitamos de maiores auxílios financeiros”.

Apesar das explicações nas minúcias, oferecidas pelo diretor Robson, o vereador João Nunes insistiu em afirmar que o atendimento deve e precisa ser melhorado. “Estive no hospital e vi idosos esperando ser atendidos. É desumano”, ponderou o parlamentar. Alcionete explicou em detalhes o procedimento de atendimento, desde a chegada do paciente até chegar ao médico. “Existe todo um trâmite. Se a pessoa está sentada, não significa estar esperando. Depois do primeiro atendimento, ela aguarda na sala da espera para um segundo ato”, explicou a gestora.

O Hospital de Piên tem 51 leitos e parte é usada por pacientes SUS. Além dos pacientes locais, são atendidos doentes de várias cidades da região. “Senhores vereadores, não temos força política e, sugiro que cada um procure, junto aos seus deputados, algum tipo de ajuda financeira, para fortalecermos nosso atendimento, considerado expressivo pela maioria. Não podemos agradar a todos, mas nosso objetivo sempre será atender da melhor maneira possível”, comentou Robson.

Durante o debate, a maioria dos parlamentares elogiaram o atendimento, a exceção de João. Jucélia Tureck, esposa do prefeito Livino Tureck, que faleceu motivado por grave doença foi enfática. “Precisei muito do hospital e, quantas e quantas vezes levei meu marido para atendimento e tive que esperar algumas horas, mas entendia que tinha pacientes com maior necessidade. Esperar faz parte da rotina”, completou. Outros vereadores aplaudiram o trabalho desenvolvido pela casa de saúde. “Vereadores, lutem pelo hospital. É o que peço a cada um. Administrar um hospital não é tarefa fácil, mas fazemos isso com responsabilidade”, finalizou.

oreporter

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