Ideia lançada em Fazenda Rio Grande deve gerar mercado comum metropolitano

 Ideia lançada em Fazenda Rio Grande deve gerar mercado comum metropolitano
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O Mercado Comum Metropolitano na Grande Curitiba (RMC), que visa o fortalecimento metropolitano, está próximo de virar realidade. O prefeito de Fazenda Rio Grande e presidente da Assomec, Marcio Wozniack, participou nesta segunda-feira (13), no Campus da Indústria, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba (PR), da posse do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, como presidente do Pró-Metrópole – movimento de interesse público sem fins lucrativos – e do diretor da Fiep, Hélio Bampi, como vice-presidente da entidade. “Este é o início de um trabalho inédito cuja ideia foi lançada em 2014, em uma reunião da Assomec em Fazenda Rio Grande, com objetivo de um comércio local mais fortalecido”, disse Marcio.

Marcio também ressalta o papel de Curitiba nesse novo formato de integração. “Curitiba compra bastante, pode gerar mais emprego e renda para os produtores, gerar mais qualidade de vida a todos e isso será um diferencial a mais nesse processo”, comentou.

No discurso de posse, Greca ressaltou os benefícios que poderão ser realizados. “Nós vamos ter redes integradas de transporte e de saúde e o plano de desenvolvimento de turismo metropolitano, e o mais importante, um mercado comum metropolitano”, disse o presidente.

Com relação ao abastecimento e à criação de um mercado comum metropolitano, 12 municípios devem firmar convênio com Curitiba. “A RMC é uma só e o prefeito de Curitiba é parceiro desta ideia. E a vinda da iniciativa privada a esta parceria possibilita a boa governança”, avaliou Greca.

Potencial

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) tem 29 municípios cujas economias somadas respondem a 42% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná. A RMC tem o potencial de R$ 3 bilhões por ano em compras governamentais (feitas por órgãos e instituições públicas), sendo que apenas 12% dessas compras são feitas entre as cidades integrantes da região e revertidas em ICMS para o benefício dos municípios.
A atuação do Pró-Metrópole, de acordo com o estatuto do programa, será no limite territorial da Região Metropolitana de Curitiba, que corresponde a uma área de 16.591 km², entre as divisas de São Paulo e Santa Catarina, onde vivem perto de 3,5 milhões de habitantes, incluindo os da capital, um contingente de pessoas equivalente a 30% da população do Paraná.

Os membros, tanto da esfera pública como no campo privado, atuarão em parceria para o fomento e a indução do desenvolvimento da Região Metropolitana de acordo com as potencialidades locais.

Potencialidades locais

Para orientar a gestão deste processo, o Pró-Metrópole dividiu os municípios da Região Metropolitana em três porções territoriais: Norte, Central e Sul.
Integram a parte Norte sete municípios (Adrianópolis, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Tunas do Paraná, Bocaiúva do Sul, Rio Branco do Sul e Itaperuçu). Na parte central estão 13 cidades, entre elas Curitiba e o anel próximo da capital, formado pelos municípios de Almirante Tamandaré, Colombo, Campo Magro, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, Campo Largo, Balsa Nova, Campina Grande do Sul, Quatro Barras, Araucária e Fazenda Rio Grande.
Ao Sul está o grupo com nove municípios que completam a RMC: Mandirituba, Piên, Agudos do Sul, Quitandinha, Tijucas do Sul, Campo do Tenente, Contenda, Lapa e Rio Negro.

O que é o Pró-Metrópole

No Comitê Gestor, a administração pública de Curitiba está representada pelo prefeito, na presidência do Pró-Metrópole, pela Secretaria do Urbanismo e Assuntos Metropolitanos e pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). A coordenação institucional do Pró-Metrópole também será feita por Curitiba.

O Estado é representado no programa pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), presidida pelo prefeito de Fazenda Rio Grande, Márcio Wozniack, que representa o conjunto das cidades da RMC. Os parceiros da Fiep, do Sebrae, da Fecomércio e Faciap completam a integração público-privada do programa.

Os planos de ação do Pró-Metrópole serão detalhados na Câmara Técnica, encarregada do planejamento e execução dos projetos. A base de dados do Ipardes, em conjunto com o Sistema Metropolitano de Informações Georreferenciadas (Metrogeo), do Ippuc, e o Radar 2.0, Observatório do Ambiente de Negócios do Sebrae darão suporte neste processo.

Além disso, o Pró-Metrópole contará com um Fórum Regional, para a troca de experiências, de secretarias regionais, encarregadas do monitoramento das potencialidades e carências das porções territoriais e da indução de processos de desenvolvimento e de um Comitê Territorial, com a participação de gestores públicos e empresários das regiões norte, centro e sul da RMC.

A operacionalização do Pró-Metrópole se dará por meio dos grupos de trabalho Estruturantes, Temáticos e de Comunicação e Relacionamento, cada qual com responsabilidade específica. O programa prevê a possibilidade de se firmar convênios, contratos e termos de cooperação com entidades públicas ou privadas nacionais ou estrangeiras.

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