Polícia volta ao cenário do estupro no Rio e apreende colchões com sangue

 Polícia volta ao cenário do estupro no Rio e apreende colchões com sangue
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<p>Os objetos serão encaminhados para perícia, que vai analisar de quem pode ser o sangue.</p>

Em nova operação no morro da Barão, na zona oeste do Rio, nesta terça (31), a Polícia Civil voltou à casa onde uma adolescente de 16 anos foi estuprada e apreendeu dois colchões com manchas de sangue.

Um deles é o colchão onde a adolescente estava deitada quando o vídeo que mostra seu estupro foi gravado. Os objetos serão encaminhados para perícia, que vai analisar de quem pode ser o sangue.

Um dos suspeitos de participação no crime, Rai de Souza, afirmou em depoimento que a vítima estava menstruada, segundo informou seu advogado, Alexandre Santana.

A Polícia Civil já havia estado no local do crime na tarde da última sexta-feira (27). Naquela ação, que durou quase cinco horas, os policiais localizaram e fizeram perícia no casebre, que fica numa viela na Vila Alta, comunidade vizinha ao morro da Barão.

A delegada responsável pelo caso já tem sete suspeitos do crime. Seis deles tiveram prisão temporária decretada e dois já estão presos: Rai de Souza, 22, e o jogador de futebol Lucas Santos, 20.

O sétimo suspeito foi identificado pela adolescente, mas a polícia ainda avalia se pedirá a sua prisão.

Três dos suspeitos já tinham passagens pela polícia: Raphael Assis Bello, 41, que fez uma “selfie” ao lado da garota desacordada, foi preso por uso de drogas em 2002; Sergio Luiz da Silva Junior, o Da Russa, chefe do tráfico local, tem quatro anotações por tráfico de drogas.

O terceiro suspeito com ficha criminal é Rai de Souza, preso em flagrante em 2012 por furto qualificado. Além de suspeito de estupro, ele foi acusado de ter gravado o vídeo do abuso com seu celular.

Seu atual advogado, no entanto, diz que Souza confirmou ter feito sexo com a adolescente, mas nega que tenha sido sem consentimento e que tenha filmado. Segundo ele, o vídeo foi gravado por outro homem, identificado apenas como Jeferson.

Segundo o advogado de Souza, ele estava no baile funk no sábado (21) quando encontrou Lucas, que estava com duas meninas —uma delas a adolescente que foi estuprada.

Rai ficou com a vítima, Lucas com a outra menina e os quatro seguiram para uma casa que os dois homens chamam de “abatedouro”, comumente usada pelos jovens da comunidade para sexo.

A defesa de Souza não soube explicar como o vídeo foi disseminado. Segundo o advogado, Souza é professor de luta num projeto social da comunidade; antes disso, dava aula numa academia de ginástica.CRONOLOGIA DO CASO

21.mai.2016 – A adolescente é estuprada na madrugada no complexo de favelas São José Operário, zona oeste do Rio, após ir a um baile funk22.mai.2016 – Segundo diz em depoimento, acorda cercada por homens armados, no mesmo dia em que volta para casa24.mai.2016 – A vítima fica sabendo que um vídeo com ela circula na internet e volta ao morro para falar com o chefe do tráfico25.mai.2016 – A família da menina é avisada por um vizinho sobre o vídeo. Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por “mais de 30”. Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro26.mai.2016 – A jovem presta o primeiro depoimento à polícia, é medicada em um hospital e faz exames no IML27.mai.2016 – A menina presta mais dois depoimentos à polícia, assim como dois dos suspeitos de participar do crime; neste mesmo dia, a polícia localiza a casa em que o crime aconteceu28.mai.2016 – A advogada da vítima, Eloísa Samy, pede à Promotoria do Rio o afastamento do delegado Alessandro Thiers, títular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DCRI). Segundo Samy, Thiers estava tratando o caso com “machismo e a misoginia”29.mai.2016 – Pressionada, a Polícia Civil do Rio tira o delegado Alessandro Thiers do comando das investigações. O caso passa para as mãos da delegada Cristina Bento, titular da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima). Com informações da Folhapress.

Fonte: MSN

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