Na noite de quarta-feira (20), o Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, Argentina, foi palco de cenas de extrema violência durante o jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana entre Independiente e Universidad de Chile. A partida, que estava empatada em 1 a 1, foi suspensa pela Conmebol após confrontos entre torcedores das duas equipes nas arquibancadas.
Segundo relatos, a confusão teve início no intervalo da partida, quando torcedores da Universidad de Chile começaram a lançar objetos, incluindo cadeiras e pedras, em direção à torcida do Independiente. Em resposta, membros da torcida argentina invadiram o setor visitante, resultando em uma batalha campal que causou pânico entre os presentes.
Dez pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado grave, e 90 torcedores foram detidos pelas autoridades argentinas. O Hospital Fiorito, em Avellaneda, recebeu as vítimas, algumas das quais chegaram em estado crítico.
A Conmebol emitiu um comunicado informando que o jogo foi cancelado devido à falta de garantias de segurança por parte do clube local e das autoridades de segurança. A entidade afirmou que tomará as medidas disciplinares cabíveis, que podem incluir multas, fechamento de estádios e até a exclusão das equipes envolvidas da competição.
O presidente da Universidad de Chile, Michael Clark, criticou a organização do evento, destacando a falta de segurança e a responsabilidade da Conmebol na situação. “Vocês viram o que aconteceu. Era um clima tenso, houve risco tanto para o elenco, para nós como dirigentes e para os jornalistas. A segurança foi ultrapassada”, afirmou Clark.
Este incidente levanta questões sobre a segurança nos estádios e a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir a violência associada ao futebol. A Conmebol afirmou que analisará o caso com rigor e aplicará as sanções necessárias para preservar a integridade dos torcedores e a imagem do futebol sul-americano.
