Vereadores em pânico: medo da força do trânsito em Araucária

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Em Araucária, o clima de tensão com o departamento de trânsito tomou conta da Câmara Municipal nesta terça-feira. Durante a sessão, vereadores relataram medo e preocupação com a atuação de alguns agentes da cidade, especialmente após um episódio em que um caminhoneiro foi abordado com arma em punho — prática que, segundo a legislação vigente, é proibida para esses profissionais.

Segundo os parlamentares, a população também convive com o temor diário. “A cidade toda tem medo dos agentes de trânsito. Alguns são educados e corretos, mas outros são perigosos e parecem agir como polícia”, afirmou um vereador durante a sessão. Outro parlamentar reforçou: “Quando fala de trânsito, a gente se arrepia todo. Há arapucas e armadilhas escondidas, e até nós, vereadores, sentimos medo de votar e nos manifestar”.

A equipe do Jornal O Repórter tentou entrevistar legisladores ao fim da sessão, mas eles preferiram não se manifestar, temendo represálias por parte dos agentes. Entre as críticas, os vereadores apontam que a atual gestão do trânsito repete práticas de “indústria de multas” e atua de forma ostensiva, criando uma sensação de intimidação constante.

Denúncia revela que agentes de trânsito atuam de forma truculenta, intimidando vereadores e população.

Apesar de reconhecer a importância de cargos técnicos, como engenheiros de trânsito para melhorar a mobilidade urbana, os parlamentares alertam que o excesso de poder conferido a alguns agentes coloca em risco a segurança e a liberdade da população. “Não se trata de criar cargos, mas de controlar quem está armado e quem fiscaliza. Alguns exageros precisam ser corrigidos”, declarou um vereador.

A denúncia levanta questões sobre a legalidade das ações de fiscalização e a necessidade de revisão de procedimentos, destacando a urgência de proteger cidadãos e representantes eleitos contra abusos de poder.

A sessão da Câmara Municipal de Araucária desta terça-feira foi marcada por tensão e relatos de medo. Vereadores, que deveriam debater projetos de mobilidade urbana, acabaram denunciando um problema que vai muito além da engenharia do trânsito: o temor da população e até de parlamentares diante da atuação de alguns agentes do departamento de trânsito.

O estopim, segundo relatos, foi a abordagem recente a um caminhoneiro, que, segundo testemunhas, ocorreu com arma em punho. Uma prática que, conforme a legislação vigente, é proibida para esses profissionais. “A cidade toda tem medo dos agentes de trânsito. Alguns são educados e corretos, mas outros são perigosos e parecem agir como polícia”, disse um vereador durante a sessão. Outro acrescentou: “Quando se fala de trânsito, a gente se arrepia todo. Há arapucas e armadilhas escondidas, e até nós, vereadores, sentimos medo de votar e nos manifestar”.

Denúncia revela que agentes de trânsito atuam de forma truculenta, intimidando vereadores e população.

O receio dos legisladores reflete a sensação de insegurança vivida pelos moradores de Araucária. Multas aplicadas de maneira ostensiva, abordagens agressivas e armadilhas em ruas e avenidas se tornaram rotina. “Alguns agentes parecem ter poder ilimitado. Multas constantes, paradas inesperadas e até perseguição a motoristas têm sido comuns”, comentou o vereador Celso Nicácio , lembrando que situações simples de tráfego podem se transformar em episódios de intimidação.

Ao término da sessão, a equipe do Jornal O Repórter tentou ouvir os vereadores sobre o tema, mas o medo falou mais alto: nenhum parlamentar aceitou conceder entrevista. O silêncio reforça a percepção de que a intimidação vai além das ruas, alcançando até aqueles eleitos para legislar.

Apesar de apoiar a criação de cargos técnicos, como engenheiros de trânsito, para melhorar a mobilidade urbana, os vereadores deixaram claro que o excesso de poder conferido a alguns agentes coloca em risco a segurança e a liberdade da população. “Não se trata de criar cargos, mas de controlar quem está armado e quem fiscaliza. Alguns exageros precisam ser corrigidos”, destacou um parlamentar.

Os relatos durante a sessão foram marcantes. O vereador Vagner Chefer contou que, em plena tarde de sábado, agentes se aproximaram de um restaurante e disseram: “Fale bem da gente lá na Câmara Municipal”. Outro lembrou de motoristas parados em vias movimentadas, tremendo de medo, e de cidadãos que evitam sair de casa ou circular em horários de fiscalização intensa. “Parece polícia federal, não agente de trânsito”, afirmou, descrevendo a sensação de intimidação.

As denúncias levantam questões sérias sobre legalidade e limites da fiscalização em Araucária. Parlamentares alertam que o município precisa equilibrar segurança viária e respeito à população, evitando que a fiscalização se transforme em instrumento de medo. A urgência de revisão dos procedimentos do departamento de trânsito é evidente: proteger cidadãos e representantes eleitos de abusos de poder deve ser prioridade, assim como garantir que os recursos e cargos sejam usados de forma transparente e responsável.

A sessão deixou claro que, enquanto algumas práticas técnicas e melhorias são essenciais para a cidade, o excesso de poder e a truculência de alguns agentes geram tensão, medo e desconfiança. Para os vereadores, é hora de separar o joio do trigo: valorizar os profissionais competentes e agir contra quem ultrapassa a lei. “Esperamos que os engenheiros estudem bem as avenidas e acabem com essa fábrica de multas”, afirmou um deles, resumindo o sentimento de muitos na cidade.

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