Toninho Wandescheer, o caçador de políticos

 Toninho Wandescheer, o caçador de políticos
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O Paraná é o segundo estado brasileiro que mais teve prefeitos cassados por irregularidades. É o que apontou, na década de 90, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Fazenda Rio Grande tem um histórico de gestores cassados e, em todos, aparece o nome do ex-prefeito e atual deputado federal Antônio Wnadescheer, que não por acaso, votou pelo impedimento da presidente Dilma Roussef na semana passada.

Entre os anos de 96 e 99, Toninho era empresário e sonhava disputar a prefeitura fazendense. No período, o prefeito era Celso Luiz Rocha, que sofreu uma série de ataques de parte de Toninho, principalmente nos comícios eleitorais. Acabou eleito e o vice era Geraldo Cartário. Uma das primeiras medidas do novo prefeito, foi fazer uma auditoria nas contas de Celso Rocha e levantou que havia indícios de desvios de recursos. Fez a denúncia e Rocha acabou detido em Curitiba, onde morava e apresentado na delegacia de Fazenda Rio Grande, onde após depoimento acabou liberado. Ao ser eleito prefeito, Toninho, tinha como vice Geraldo Cartário e tudo caminhava dentro do planejado, mas não se sabe por qual motivo, se desentendeu com o vice, que desgostoso, comprou a rádio, onde passou a apresentar um programa diário, onde atacava desmedidamente o prefeito Toninho, que era classificado pelo apresentador de raivoso.

Ganhou popularidade no rádio e Cartário conseguiu se releger deputado estadual. Na emissora, o então deputado fazia homenagens aos aniversariantes e Toninho denunciou que o parlamentar dava bolos aos aniversariantes. Resultado, acabou sendo cassado.

Os tempos passaram e depois de cumprir o mandato, Toninho acabou sendo eleito deputado estadual e Chico Santos assumia a prefeitura de Fazenda Rio Grande. Na campanha eleitoral seguinte, os candidatos favoritos eram Chico Santos e o filho de Toninho, Alisson Wandescheer. As urnas apontaram vitória de Chico com 31.728 votos (68,85%) contra apenas 14.358 votos para o filho do deputado, ou seja, 31,15%. Diante do resultado expressivo em favor de Chico, Toninho ingressou na Justiça Eleitoral, pedindo a cassação de Chico Santos, alegando que havia usado a estrutura do Executivo para a formatação de um jornal que divulgava as ações de Chico. O prefeito eleito com larga vantagem de votos, acabou afastado e o processo ainda tramita em Brasília. E, Toninho, mostra ter um perfil de caçador de políticos, pois na semana passada, acabou votando pelo “impecheament” da presidente Dilma Roussef. A pergunta, em tom irônico, é saber quem será a próxima vítima do deputado, que foi eleito pelo PT, caminhou ao lado de Dilma Roussef e votou pela cassação da presidente.

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