Município jovem, história antiga

 Município jovem, história antiga
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Por: Ale Belini

Todo fazendense que se preze sabe que é comemorado nesta semana o aniversário de 27 anos de Fazenda Rio Grande. No entanto, poucos sabem que essas terras tem uma história antiga e muito rica, de muitas famílias pioneiras que fizeram de Fazenda o seu lar e também o de suas gerações. É o caso de André Quirino Leal, 88 anos, e Rosalina Barbosa Leal, 80, chamada carinhosamente de Rosinha pelos amigos e familiares.

O casal nasceu em um período em que a jovem cidade ainda era território de São José dos Pinhais. Com a emancipação política, a região do Agaraú, onde Rosinha nasceu, bem pertinho do limite entre os municípios, acabou ficando na parte são-joseense, enquanto o São Sebastião, local de nascimento de André, permaneceu nos limites de Fazenda Rio Grande, o que o torna um fazendense legítimo. Ao todo, o simpático senhor possui uma vida inteira na Fazenda. Já a doce senhora, vive no município há 61 anos, seu tempo de casada.

Na foto, da esquerda para a direita: Sentados – Dudu Santos, Rosinha, André, Serginho Barbosa e Jonathan Barbosa.  Em pé – José Francisco Leal e Marcos Vinícius Leal, filhos de André e Rosinha.

Ela era professora e ele oleiro. Além das profissões que exerciam, a vida no campo também fazia parte do cotidiano e era o sustento da família. Até por que, conta Rosinha, naquele tempo, não havia produtos industrializados e tudo saia do quintal de casa: a carne, o leite, a fruta, a verdura, o doce, a manteiga, o feijão e a água, entre tantos outros itens. Eles plantaram erva-mate, milho e feijão. Também exerciam atividades madeireiras e agropecuárias. A vida simples era outra característica da época: o fogão a lenha, o lampião, a luz de velas e o ferro a carvão fazem parte das lembranças do casal.

Rosinha e André tiveram sete filhos: Maria do Rocio, Leoni Terezinha, Luiz Antonio, André Edson, José Francisco, Marcos Vinícius e Dayane Andreia. Os herdeiros são motivo de orgulho para os pais, que se enchem de alegria ao contar a trajetória de cada um deles.

O casal pioneiro viu o desenvolvimento bem de perto. Morando atualmente às margens da rodovia Régis Bittencourt, a BR-116, eles contam que a via servia apenas de atalho para a estrada velha de Rio Negro, em meados da década de 1940. No final da década seguinte é que a via foi pavimentada e começou a se transformar no que é hoje.

Todos os avanços e o progresso que o município teve ao longo dos anos assustam Rosinha, que tem saudades do dia a dia no campo e da tranquilidade, mas ela reconhece que as mudanças facilitaram muito a rotina. O acesso às coisas simples, como médicos, farmácia, mercado e comércios, de um modo geral, é muito maior. André tem a mesma opinião da esposa e ressalta que o desenvolvimento chegou muito rápido a Fazenda Rio Grande.

O legado do casal é grande, assim como suas famílias. Hoje, os herdeiros que carregam em suas identidades os sobrenomes Barbosa, Quirino e Leal são inúmeros. Essas famílias foram algumas das responsáveis pela construção do município e seus descendentes continuam, até hoje, promovendo o progresso de uma cidade ainda jovem, mas que tem uma valiosa história registrada nas memórias e corações fazendenses.

A família participou do divertido e agradável bate-papo sobre Fazenda Rio Grande. Ao falar sobre os graus de parentesco, a confusão foi grande! Entenda:

Dudu Santos, vereador do município, é neto da prima de André. Jonathan Barbosa, profissional de Educação Física, é sobrinho-bisneto de André. Serginho Barbosa é pai de Jonathan e seu sogro era sobrinho de Rosinha e André.

Confuso? Imagine a cabeça da jornalista que produziu essa reportagem (risos)!

O jornal O Repórter agradece imensamente o carinho e receptividade da família, que contribuiu com a construção da matéria!

André e Rosinha: pioneiros de Fazenda Rio Grande

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