Homem é condenado a 23 anos de prisão por matar ex-esposa a tiros em Pinhão

 Homem é condenado a 23 anos de prisão por matar ex-esposa a tiros em Pinhão
Spread the love
Franciely Tavares tinha 33 anos e era professora em Pinhão — Foto: Familiares/Arquivo Pessoal

G1 Paraná

Um homem foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão por matar a ex-esposa a tiros em Pinhão, na região central do Paraná. A condenação foi anunciada pelo juiz em júri popular realizado na terça-feira (31), no município. O crime aconteceu em 22 de outubro de 2019. Franciely Aparecida Tavares, de 33 anos, era professora em duas escolas da cidade e tinha medida protetiva contra o ex-marido. Ela foi morta no caminho para casa, enquanto voltava do trabalho para o almoço. José Arildo Maron foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe, meio que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, ele teve a pena aumentada por descumprir medida protetiva e também foi condenado por posse irregular de arma de fogo.

A defesa do réu disse que irá recorrer da decisão e afirmou que a comoção dos jurados foi determinante para a sentença, que não observou as provas produzidas. Durante o depoimento, José disse que ficou transtornado após ver a vítima com outro homem no carro e que, depois disso, pegou a arma que ficava guardada no trabalho e foi atrás dela. Confirmou, ainda, que sabia da medida protetiva contra ele. O Ministério Público do Paraná disse que a decisão dos jurados veio ao encontro com os fatos e as provas produzidas nos autos.

O caso

O crime aconteceu no bairro São Cristóvão, quando Franciely estava em um carro, a caminho de casa. Câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito corre atrás da vítima com uma arma na mão. Depois de efetuar os disparos, o homem fugiu do local em uma moto. Ele se entregou à polícia no distrito de Guará, em Guarapuava, também na região central, no mesmo dia, e confessou o crime. Ele foi preso em flagrante por feminicídio e descumprimento de medida protetiva. Segundo o delegado que acompanhou o caso, José matou a vítima por não aceitar o fim do relacionamento entre os dois.

Ciúmes

Familiares da vítima disseram que Franciely casou-se aos 15 anos com o suspeito. Os dois ficaram 18 anos juntos. O casal teve duas filhas. A cunhada de Franciely, Patrícia Terezinha Svitalski, disse que o suspeito tinha ciúmes da ex-esposa. “Ela dizia que tinha que andar com a cabeça abaixada na rua. Dizia que ele não deixava ela sair, restringia roupas”, disse. Uma colega de trabalho de Franciely, que preferiu não se identificar, disse que a professora sofria ameaças dele. “Ela estava infeliz nesse relacionamento e buscou dar um grito de liberdade”, contou.

oreporter

Related post