Fazenda Rio Grande. Vereadores aprovam CEI para investigar desmoronamento na Estre Ambiental

 Fazenda Rio Grande. Vereadores aprovam CEI para investigar desmoronamento na Estre Ambiental
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Desmoronamento no aterro sanitário de Fazenda Rio Grande (Divulgação)

Comissão Especial de Inquérito tem 90 dias para emitir relatório

Da Redação

Requerimento, assinado por todos os vereadores de Fazenda Rio Grande, aprovado na tarde desta quarta-feira (29), aprovou a criação de Comissão Especial de Inquérito (CEI), com o objetivo de investigar o acidente que vitimou o funcionário João Luiz Kubis, ocorrido no sábado, dia 25. Ele trabalhava com uma máquina, quando foi soterrado por toneladas de lixo, armazenados no local.

O caso ganhou repercussão nacional, com veículos de imprensa do Brasil destacando a tragédia no município fazendense. A empresa Estre Ambiental, responsável pelo aterro sanitário, em nota, disse que houve um descolamento de talude, provocando o deslocamento. João Luis, de 42 anos, era motorista e trabalhava com uma máquina retroescavadeira no momento do deslizamento. Após 48 horas de buscas, o corpo foi encontrado na tarde da segunda-feira (27) cerca de 50 metros do local do deslizamento, embaixo de uma pilha de lixo de cerca de 4 metros de altura.

Após o corpo de João Cubis ser encontrado, a empresa Estre, uma das maiores empresas de serviços ambientais do Brasil, publicou uma nota lamentando a morte do funcionário. “A Estre recebe a notícia com imensa tristeza, dado que a equipe é um de seus patrimônios inegociáveis e base de sustentação do negócio, e estende e compartilha as suas condolências aos familiares e amigos do profissional”, completa, afirmando no documento, que continuará prestando a assistência necessária. “O trabalhador atuava em uma obra no aterro, quando, infelizmente ocorreu um deslizamento abrupto de resíduos secos na face oeste”, diz a nota.

Na mesma nota, a Estre divulgou informações de um laudo preliminar elaborado por uma perícia externa. O desmoronamento pode ter acontecido em função de chuvas na região, acúmulo de gases pela contração e umidificação das coberturas das camadas superiores; e recalque diferencial (afundamento) por aumento de peso dos resíduos devido ao fluxo de água no interior do maciço (lixiviação), potencializado no centro desse flanco.

Apesar do esclarecimento pela Estre Ambiental, por meio de nota, a CEI aprovada pelos vereadores de Fazenda Rio Grande, que tem poder de investigação, quer buscar uma série de esclarecimentos, buscado ao longo dos anos, por meio de requerimentos, a maioria não respondida. Uma das metas da CEI, é descobrir se a empresa cumpre os itens contratuais. O prazo para concluir a investigação é de 90 dias, prorrogáveis, havendo necessidade.

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