Em 2019, Comec manteve número de usuários no Transporte Coletivo

 Em 2019, Comec manteve número de usuários no Transporte Coletivo
Spread the love
Terminal de Ônibus Fazenda Rio Grande. 21/03/2019
Foto: Maurilio Cheli

Desde 2015, as linhas metropolitanas do transporte coletivo passaram a ser administradas pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba – Comec, tendo como um dos grandes desafios a serem vencidos, a constante queda no número de passageiros.

Naquele ano, mais de 8,5 milhões utilizaram os ônibus para se locomover entre as cidades, mas esse número foi diminuindo cada vez mais. Em 2016 foram 7,9 milhões. O ano de 2017 registrou a maior queda no período, -10,32%, com apenas 6,5 milhões de usuários, e em 2018 foram 6,3 milhões.

As quedas, bastante significativas, trazem um impacto direto em toda a operação. Menos passageiros significa uma arrecadação menor, tornando cada vez mais difícil realizar os investimentos necessários. Com a queda nos investimentos o sistema se torna cada vez menos atrativo e, assim, menos usuários passam a utilizá-lo. Ou seja, um círculo virtuoso difícil de se reverter.

No ano de 2019 porém, foi constatado uma alteração neste círculo tão prejudicial para o sistema. A mudança de gestão no Governo do Estado, com o Governador Carlos Massa Ratinho Junior, e consequentemente na Comec, trouxe um olhar mais atento ao transporte coletivo. Investimentos voltaram a ser realizados e a traumática perda de usuários parece ter finalmente estagnado. Isso porque a Comec registrou no ano de 2019, um total de 6.303.873 passageiros pagantes. O número representa uma queda de -0,19% se comparado ao mesmo período de 2018, quando foi registrado 6.315.981 passageiros.

Apesar de ainda negativos, os números foram comemorados. O presidente da Comec Gilson Santos afirmou que eles representam uma expectativa de mudança positiva para o sistema. “Viemos de uma sequência de fortes quedas. A soma dos últimos 4 anos ultrapassa 25% de passageiros perdidos e isso traz impactos severos ao sistema, pois as linhas continuam existindo, seus custos também, mas a arrecadação não é a mesma. Encerrar este ciclo é um desafio muito importante, e que precisa ser vencido”.

Ainda segundo Santos, ações realizadas durante o ano, que buscaram tornar o transporte coletivo novamente atrativo, resgatando assim esses usuários, podem ser colocadas como possíveis responsáveis por esta mudança. Entre elas, ele destacou o subsídio do transporte coletivo, no valor de R$150 milhões – que garantiu a integração do sistema, da tarifa social e congelou algumas tarifas em municípios mais carentes; diversas alterações em linhas – tanto em trajetos quanto em horários – inclusive com a implementação de novas linhas e conexões; a renovação da frota – em alguns casos substituindo veículos comuns por articulados, e a implementação de ações inéditas como a Tarifa Diferenciada em horários de entre-pico; a utilização de veículos de modelo multimodal – com portas em ambos os lados; além, é claro, de ações como reformas em terminais, entrega de novos abrigos para pontos de ônibus e a implementação de novas faixas exclusivas para ônibus – em parcerias com prefeituras. “São ações em diversas frentes e que trazem ganho de tempo, economia, conforto, segurança e ampliam o atendimento do sistema. Somente assim poderemos competir com outros modais, por vezes até mais caros para o usuário, mas que nos últimos anos acabaram atraindo muitos dos nossos passageiros”, destacou Santos.

Já para o ano de 2020, o objetivo é ampliar ainda mais as ações e tentar, pela primeira vez nos últimos anos, fazer com que o sistema volte a ganhar usuários. “Já estamos preparando uma serie de iniciativas que darão continuidade ao trabalho realizado em 2019 e irão ampliar ainda mais nossa atuação. Serão novas linhas e conexões, estamos prevendo o início da construção de dois novos terminais – em Piraquara e em São José dos Pinhais; novos abrigos para pontos de ônibus deverão começar a ser entregues já no início deste ano e a implantação de soluções que parecem simples, mas tem como objetivo tornar o sistema cada vez mais eficiente, como a utilização, pela primeira vez em nosso sistema, de veículos com duas catracas, que darão mais agilidade ao embarque de passageiros”, destacou.

Santos lembra que todas as realizações foram possíveis graças ao olhar diferenciado que o Governador Carlos Massa Ratinho Junior tem com o transporte coletivo. “O Governador Ratinho tem uma visão muito clara de que o transporte coletivo é, além de tudo, uma ferramenta de inclusão social. E que resgatar o protagonismo do sistema, cria oportunidades, inclusão e impacta diretamente aquelas pessoas que mais precisam. Este olhar traz resultados, e os números não mentem, são a prova de que estamos no caminho certo”.

oreporter

Related post