Com contrato emergencial, nova empresa assume operação do ferry-boat de Guaratuba a partir desta quinta-feira (10)

 Com contrato emergencial, nova empresa assume operação do ferry-boat de Guaratuba a partir desta quinta-feira (10)
Spread the love
Nova empresa assume operação do ferry-boat de Guaratuba a partir desta quinta-feira (10) com contrato emergencial — Foto: Reprodução/RPC

G1 Paraná

A administração do ferry-boat de Guratuba, no litoral do Paraná, tem uma nova empresa responsável pelo serviço a partir da 0h01 desta quinta-feira (10). A travessia passa a ser operada, agora, pela INC Internacional Marítima. Após o anúncio, o funcionamento das balsas foi paralisado pois os funcionários da atual concessionária se reuniram para entender como será a mudança e o pagamento dos salários por parte da BR Travessias. Eles se comprometeram a retomar o serviço com a confirmação de que o pagamento será feito.

A medida anunciada nesta quarta (9) é um contrato emergencial realizado pelo Governo do Paraná e foi feita depois de uma mudança no posicionamento do governo, que descartava uma rescisão de contrato com a atual concessionária estava descartada antes do final do verão. Com a contratação efetivada, conforme o governo, o estado declarou também a caducidade de contrato com a BR Travessias após descumprimento de obrigações da empresa.

Foram 141 autuações aplicadas pelo governo estadual contra a empresa desde o começo de abril de 2021, quando a BR Travessias assumiu o serviço com contrato previsto de 10 anos. O início das operações da empresa foi marcado por aumento de 20% na tarifa e demora na travessia, além de problemas como o afundamento de um flutuante e também uma balsa à deriva.

Por meio de nota, a BR Travessias afirmou “surpresa com a ação do governo, ao divulgar a informação antes de comunicá-la” e disse que vai “honrar todos os compromissos assumidos”. Além disso, a empresa ressaltou que tem priorizado o pagamento dos salários de funcionários.

Nova gestão

A empresa INC Internacional Marítima faz a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica, na Bahia. Segundo o DER, a companhia atua há mais de 30 anos no mercado. O contrato será emergencial, com prazo máximo de duração de seis meses, até a abertura de uma nova licitação. Haverá uma fase de transição. As empresas interessadas na gestão da travessia puderam apresentar propostas até terça-feira (8), inclusive com vistorias nas instalações do ferry-boat. Venceu a proposta com a melhor tarifa e condições para executar a operação, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR).

Fila de motoristas no acesso ao ferry-boat de Guaratuba chegou a 1 quilômetro, neste sábado (8) — Foto: Reprodução/RPC
Fila de motoristas no acesso ao ferry-boat de Guaratuba chegou a 1 quilômetro, no sábado (8) – Divulgação

Autuações BR Travessias

Na última quinta-feira (3), uma decisão na Justiça determinou que a BR Travessias realizasse no prazo de 20 dias intervenções necessárias para manter a segurança de toda a operação, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A medida foi uma resposta à ação ajuizada pelo Departamento de Estrada e Rodagem do Paraná (DER) em conjunto com a Prefeitura de Guaratuba. Os órgãos entraram na Justiça no dia 1º de fevereiro após avaliarem que “as tratativas administrativas referente às intervenções nas respectivas estruturas foram esgotadas e não tiveram êxito”.

Além dos problemas operacionais, a BR Travessias também foi autuada no início do mês pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) por falta de esclarecimento de informações técnicas requisitadas sobre o serviço. A situação foi em decorrência de uma investigação iniciada pelo órgão ainda em outubro do ano passado depois de problemas registrados na travessia.

Histórico

O anúncio da empresa BR Travessias, como responsável pelo ferry-boat, foi divulgada no começo de abril de 2021. Junto disso também veio o aumento da tarifa, que ficou 20% mais cara. Menos de duas semanas após a mudança da empresa, os usuários da travessia começaram a reclamar de transtornos e filas quilométricas diárias. Segundo usuários do transporte, o tempo para conseguir embarcar chegava a mais de duas horas e meia.

Após os relatos, a Agepar solicitou informações ao DER-PR. Desde então, a situação vem sendo acompanhada e, pelas informações dos usuários, não havia mudado. Usuários ainda reclamaram da falta de sinalização, informação e organização no atendimento.

oreporter

Related post