Após perícia, área de aterro que desmoronou e matou trabalhador é liberada para início da limpeza

 Após perícia, área de aterro que desmoronou e matou trabalhador é liberada para início da limpeza
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Retroescavadeira caiu em aterro sanitário de Fazenda Rio Grande e operador foi soterrado — Foto: Defesa Civil de Fazenda Rio Grande

G1 Paraná

Peritos da Polícia Científica do Paraná retornaram nesta terça-feira (28) ao aterro de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde deslizamento matou o operador de retroescavadeira João Cubis, de 41 anos. O grupo é formado por profissionais de Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Biologia e Geologia. Eles analisaram o terreno, tiraram fotos e também fizeram imagens de drone.

Após a perícia, o local do acidente foi liberado para que a Estre Ambiental, responsável pelo aterro, comece a limpeza. A companhia não informou quanto tempo deve demorar esse trabalho. A área afetada pelo desmoronamento mede cerca de 12.500 metros quadrados – o equivalente a um campo de futebol e meio.

O deslizamento também atingiu uma área de mata. Nesta terça, equipes da empresa trabalhavam em uma contenção – solicitada pelo Instituto Água e Terra – pra proteger um córrego que fica perto dali. Antes de ir ao local do desmoronamento, os peritos se reuniram com representantes da empresa Foram solicitados documentos como projeto do aterro, histórico de médias de chuvas e plano de contenção.

A documentação deve ser analisada pela Polícia Científica junto com as imagens feitas no local do acidente. Não há prazo para conclusão dos laudos.

Os peritos vão trabalhar em três frentes:

. uma relacionada ao acidente de trabalho, que causou a morte de João Cubis;

. outra do ponto de vista geotécnico, para identificar a dinâmica e as causas dos desmoronamento.

. e também farão a análise ambiental, pra levantar os danos causados ao terreno.

A Estre disse que está apoiando a família de João e que investigará eventuais responsabilidades no acidente. A companhia afirmou que contribui com as autoridades para apurar as causas e para remediar o deslizamento.

O desmoronamento foi na tarde de sábado (25), dois dias depois de sensores instalados no aterro identificarem tremores fora dos parâmetros. No momento em que a montanha de lixo colapsou, dois trabalhadores terceirizados faziam um serviço de contenção com escavadeiras. Um deles conseguiu fugir, mas João foi soterrado.

oreporter

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