100 dias de Julinho à frente da Câmara

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Fique por dentro das medidas já tomadas pelo presidente Julinho do Pesque e como eles podem beneficiar a população fazendense


Fechando 100 dias à frente da Câmara Legislativa de Fazenda Rio Grande, Julinho do Pesque (PP) apresenta as principais realizações desde que se tornou presidente, o que inclui as economias já conquistadas por ele nesses três meses de mandato e ainda as orientações que dá aos seus colegas para que a casa permaneça em harmonia.
Um dos principais desafios, segundo ele, é ter que lidar com as diferenças de ideias de cada pessoa e partido, situação torna difícil saber quem está certo ou errado em determinada circunstância. “Por isso existe a democracia e o legislativo, que tem que ser tratado como o lugar em que 13 pessoas diferentes se encontram para discutir uma coisa com o objetivo de se chegar a um denominador comum em prol da coletividade”, afirma o presidente.
Segundo ele, é comum que alguns vereadores queiram estar em uma obra ou outra, aparecer de alguma forma, o que ele enxerga de maneira positiva, pois demonstra que todos querem ser melhores. Mas ele lembra ainda que todos estão na casa só de passagem, por isso é importante dar bons exemplos, principalmente de boa convivência uns com os outros.
“Nós não fazemos a diferença sozinhos. Não sou eu, somos nós. Temos que nos ajudar, pedir em conjunto, porque fica mais fácil de resolver e ficamos mais respeitados. Temos que pensar primeiro nas pessoas da cidade, porque aqui ninguém é melhor que ninguém”, continua.

MEDIDAS TOMADAS

Quanto a medidas administrativas, ele comenta que fez cortes no gasto com pessoal, deixando de contratar pessoas a cargos não emergenciais, como é o caso da posição de procurador-geral. Segundo Julinho, a pessoa que trabalharia nesse cargo receberia pouco mais de R$ 16 mil reais por mês e, como ainda não existe a necessidade de um profissional exclusivo para a Câmara, ele achou melhor atrasar a contratação e economizar esse valor para realizar outras ações.

Outro exemplo dado por ele foi a economia de papeis sulfite e impressões da Câmara, pensando, não somente no financeiro, mas também no meio ambiente. Com esses e outros cortes, ele já economizou R$ 130 mil em três meses e conta agora com R$ 258 mil reais de recurso disponível em caixa.

Parte do dinheiro (R$ 13 a R$ 15 mil reais) foi usado para reformar a Casa, realizando pinturas nas áreas interna e externa; aquisição de alarmes; instalação de câmeras de segurança; compra de móveis e equipamentos solicitados; reformas de salas; compra de computadores; manutenção e troca de calhas por haver uma infiltração no prédio; e ainda manutenção no forro.
Além disso, a equipe conseguiu uma parceria com a iniciativa privada para construir um muro no estacionamento e melhorar a iluminação do local. A empresa parceira irá construir ao lado da Câmara. Ainda, toda a rua onde está o prédio, agora é monitorada. E no próximo dia 28, a Câmara fará uma licitação para adquirir um veículo que dê suporte à Casa e colabore para melhores condições de trabalho aos vereadores.
Ainda sobre as economias que vem fazendo, Julinho destaca que do gasto anual que pode ter, ele conseguirá economizar cerca de 2 milhões – dinheiro que será encaminhado à Prefeitura e destinado a projetos que beneficiem a população. “Temos um limite de despesa do poder legislativo no valor de mais de R$ 7 milhões, sendo R$ 5 milhões com pessoal. Mas devemos gastar abaixo dos R$ 4 milhões com pessoal, uma economia de R$ 1,5 milhão. Além disso, deixaremos no caixa da Prefeitura mais de R$ 2 milhões para usar em projetos que visem a qualidade de vida da população”, ressalta.
Outra ação importante que a Câmara está realizando é recontagem populacional de Fazenda Rio Grande. Isso porque o número de moradores aumentou muito nos últimos anos, porém, muitas pessoas ainda não fazem parte dessa estatística.
Assim, através de um requerimento, os vereadores estão realizando um caderno estatístico bem completo, incluindo moradores, carros, aposentados etc. “Porque sabemos que existe um déficit de pelo menos 50 mil pessoas na contagem e, com essa atualização, podemos buscar recursos e receber pela quantidade real de pessoas que temos e melhorar os serviços públicos”, finaliza Julinho.

EMENDAS

Sobre as emendas que, como vereador, Julinho conseguiu para a cidade, ele destaca uma intermediada pelo deputado Leopoldo Meyer, no valor R$ 300 mil destinados à saúde e ainda outra de R$ 235 mil, por meio do deputado Takayama, que será investido na aquisição de móveis e equipamentos para a saúde, em especial para a saúde da mulher – a nova Unidade de Saúde Pioneiros terá três salas que serão disponibilizadas para um novo projeto, o Centro de Atenção à Mulher.
Ele comenta ainda que vários outros deputados que estão colaborando, por verem a cidade com bons olhos. “E vamos abrir espaço para que todos possam colaborar, independentemente de partido”, ressalta.

CASO COMPLICADO

No ano passado, Julinho e a família foram ameaçados após a investigação que ele fez a respeito de um ex-vereador. Ele achou excessiva a quantidade de atestados apresentados por médicos e resolveu averiguar. “Encontrei discrepâncias no uso do dinheiro público. Na UPA, eram usados mais de R$ 51 mil por mês com horas extras, porque médicos faltavam e tinham que ser cobertos. Um dos médicos era vereador da cidade e duas ou três vezes por mês apresentava atestado”, conta. Segundo ele, alguns atestados eram do Hospital Angelina Caron, de diarreia, o que para o vereador, não faz sentido, já que o Hospital é a 70 km da cidade e o médico em questão tem muitos colegas por aqui. “Existia quase um combinado, em que um faltava e o outro cobria, gerando um distúrbio administrativo e de recursos calculável, mas muito grande”, ressalta.
E então ele sofreu ameaças, pressões e chegou a ir na Delegacia. Mas tudo que ele investigou ficou provado. Além dos atestados, a mesma pessoa foi acusada por acumulação indevida de cargos, porque faltava às sessões por estar em plantões, entre outras acusações.
“Quando a gente aprende o que é certo e errado, pode ser parente, pode ser amigo. Eu prefiro falar o que eu penso do que enganar as pessoas”, conclui Julinho.

Na matéria da última edição do jornal impresso, há um perfil exclusivo do vereador. Confere lá!

Por: Dayanne Wozhiak

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