Fernando Teixeira acredita ter sido hackeado
Da redação
Na última semana, circulou pelas redes sociais um vídeo íntimo do vereador Fernando Teixeira, de Mandirituba. A mídia, que foi publicada em seu WhatsApp pessoal, ficou somente cerca de 7 minutos disponível, mas acabou sendo compartilhada por outras pessoas na sequência, inclusive por blogs e perfis de notícia da região metropolitana.
Teixeira acredita ter sido hackeado e, inclusive, fez questão de conceder uma entrevista ao Programa Café com o Bala, na última terça-feira (7), para elucidar o ocorrido. Acompanhado do advogado e mestre em Inteligência Artificial Dr. Edson Lecheta, ele diz que fez o vídeo para enviar à sua esposa, mas acabou esquecendo de apagar a mídia. Ele ainda alegou que, no momento em que o vídeo foi compartilhado em seu Status do WhatsApp, ele estava com a família em um velório e seu aparelho estava em seu bolso.
“Fiz uma brincadeira com a minha esposa. Temos 25 anos de casados. Isso é natural, um desgaste que vem ocorrendo. Todos os casais passam por isso. Eu fiz um vídeo, encaminhei para ela, mais para brincar. Minha mulher é bem tranquila. E eu esqueci de apagar, ficou na memória do celular”, contou o vereador.
Ele lembra que havia passado o dia anterior inteiro e inclusive havia dormido, com a esposa e filhas, no velório do tio de sua companheira. Quando recebeu ligações avisando do conteúdo publicado, ele ainda estava no mesmo local com a família.
“Meu amigo Galo, vereador de Quitandinha, foi o primeiro que me ligou e falou ‘Fernando, dá uma olhada nos teus stories que tem um vídeo comprometedor que alguém postou aí’. Eu falei, ‘ué, mas eu estou com o celular no bolso, faz mais de meia hora que não mexo’. E eu vi rapidamente, excluí, umas 20 pessoas tinham visto”, lembra.
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Segundo ele, mesmo depois de apagado, o conteúdo continuou circulando, já que algumas pessoas teriam feito gravação de tela para compartilhar com outros.
Fernando diz ainda que nunca tinha gravado esse tipo de vídeo, que foi apenas uma brincadeira, sugerida inclusive por familiares, e que ele só havia encaminhado para a esposa, não tendo enviado para outra pessoa. “Se alguém receber um vídeo desse meu, eu renuncio meu mandato de vereador amanhã”, declara.
Após o corrido, ele diz ainda que a família está bem e acredita ter sido hackeado. O Dr. Edson Lecheta, também entrevistado do programa, disse que o seu escritório está buscando identificar sinais de invasão no aparelho e que tudo leva a crer que houve, mesmo, uma invasão, principalmente por Fernando ser um alvo em ano de eleições.
Mas ele detalha que acidentes também podem acontecer. “Quando a gente minimiza a mídia em um celular, ele fica na memória. E aí, ao colocar no bolso, pode acontecer um acidente”, disse.
Quanto ao compartilhamento do vídeo de Fernando Teixeira, Dr. Lecheta deixa claro que o conteúdo não é de domínio público e que aqueles que o encaminham podem, sim, ser penalizados, sejam pessoas físicas ou veículos de comunicação.
“Eu peço, para as pessoas que têm esse vídeo, que não compartilhem, porque podem responder. Foi um crime. Esse é um conteúdo particular meu, que eu tinha enviado para a minha esposa”, pede o vereador Fernando.
Medidas de segurança
Dr. Lecheta orienta a população a ter mais atenção quanto aos links recebidos no celular; e ainda lembra a importância de se aplicar a autenticação de dois fatores nas redes sociais.
Já em situações de invasão, ele diz que o primeiro passo é trocar as senhas, para proteger dados bancários; depois, fazer Boletim de Ocorrência, para reaver qualquer prejuízo causado.
Para o advogado, todo cuidado é pouco: “Todos os nossos dados já estão disponíveis nas mãos dos hackers. Esses vazamentos aconteceram há muito tempo. Se eles conseguirem algum gatilho para acessar, ou que possa gerar alguma operação de prejuízo, com certeza vão fazer”, aponta.