Programa “Mulher na Política Pública” reúne mais de 360 mulheres para discutir a participação política
Com baixa representatividade no Congresso, com apenas 17% de mulheres, o Brasil é um dos países que ocupam as menores taxas de representatividade feminina. O machismo estrutural foi apontado como um dos principais pontos a serem discutidos pela sociedade.
A secretária de Assistência Social e da Mulher, Giuliana Marcondes destacou que “a discussão é suprapartidária, pois o objetivo é debater as melhores formas de melhorar as condições de participação feminina”.
Giuliana também pontuou o fato das equipes das secretarias da Mulher e de Assistência Social terem mulheres em suas direções e no caso da Assistência Social ter obtido ótima nota pelo TCE-PR por conta da performance de atendimento alcançada recentemente.
A ex-vereadora Isabel Baran realizou uma palestra, onde contou algumas experiências de quando foi vereadora e ressaltou que a participação feminina é democrática e as mulheres têm que romper as barreiras que sempre lhes são postas. “Há uma cultura que dificulta a ampliação do espaço feminino, devemos destacar também, que não devemos ser contra os homens, mas a favor das mulheres”.
O prefeito Marco Marcondes participou da abertura do evento e disse que Fazenda Rio Grande sempre vai dar todo o apoio e que as mulheres devem sim, ocupar todos os espaços que desejarem.
A advogada Francine Prestes também falou sobre a cultura masculina no meio político, que está muito arraigada e precisa ser rompida. Além dela, a jornalista Isabela Lustosa realizou palestra sobre a participação feminina.
DADOS
Segundo dados da Agência Senado, as candidaturas femininas em 2014 corresponderam a 31,05% e as de homens, 68,95%; em 2018 foram de 31,65% e as de homens 68,35%. Em 2020 foram 33,54% enquanto os homens atingiram a marca de 66,41% de candidaturas.
No geral, o Brasil também figura entre as nações que menos têm participação política feminina pelo mundo. O Brasil ocupa apenas, segundo o sistema de dados do Parline, apenas a 132ª posição, com 17,5% de representação feminina no Congresso em um ranking que Ruanda lidera com 61,3% de representação feminina.
Em 2018, o *Banco Mundial divulgou o relatório Perda de Oportunidades: o elevado custo de não educar as meninas. O documento constatou que garantir às adolescentes o ingresso no ensino médio resultava em uma gama de benefícios socioeconômicos para o país, como a quase eliminação do casamento infantil, a redução em um terço da taxa de fertilidade em países com alto crescimento populacional e a diminuição da mortalidade infantil e da desnutrição.
*Fonte: Agência Senado