Mandirituba: Vereador Gelatti defende festa sem área vip
Foi apresentado, nesta semana, na Câmara de Vereadores de Mandirituba, projeto de iniciativa do vereador Guilherme Palu Gelatti, que define regras para a instalação de áreas de acesso restrito ao público em geral em eventos públicos, as chamadas áreas “vips”, que são espaços ou setores restritos ao público, para pessoas que pagam para ficarem mais perto das atrações contratadas. “Sou a favor de festas, mas sem este privilégio”, defende o parlamentar.
Com a divulgação da programação de aniversário dos 62 anos de Mandirituba, em julho, Gelatti decidiu apresentar a proposição. “O povo de Mandirituba assiste mais uma vez a restrição de participação de sua população nos eventos públicos de grande porte, como no exemplo da festa do Município. A instalação de áreas vip representa a segregação de pessoas a partir da capacidade socioeconômica, mediante a colocação de cercas e tapumes nos espaços das festas. Desse modo, os cidadãos, com menos capacidade econômica, que também pagam impostos e contribuem com a força do seu trabalho para o crescimento do município, acompanham de longe os shows nacionais, enquanto que alguns por terem privilégios ou uma situação financeira mais favorável para pagar pela área restrita ficarem próximos dos artistas. Se um lugar é público, por que pessoas, que podem pagar a mais tem privilégios? Nós enquanto representantes do povo não podemos concordar com a divisão de classes sociais que está acontecendo em nossa cidade. Essa desagregação social vai de encontro a princípios basilares do Estado de Direito e da Constituição Federal de 1988, como a dignidade da pessoa humana, igualdade e vedação a quaisquer formas de discriminação. Faz-se necessário, portanto, impor um limite ao uso de áreas de acesso restrito ao público em geral em nosso município, especialmente em eventos públicos, custeados com recursos públicos ou beneficiados com qualquer forma de renúncia fiscal ou incentivos do município. Por essas razões, conto com o apoio dos ilustres pares na aprovação deste projeto de lei de”, explicou Gelatti, na apresentação do projeto.