Tapete queimado por marido suspeito de matar a esposa em Colombo pode ter sangue da vítima, diz delegado

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Franciele, 36 anos, foi encontrada morta dentro de carro em Colombo — Foto: Reprodução

O tapete encontrado queimado, da casa do empresário Adair José Lago e da esposa dele, Franciele Rigoni, pode ter sido descartado pelo homem para tentar eliminar provas da morte da mulher, segundo o delegado Herculano Abreu. Franciele foi encontrada morta dentro do próprio carro, em uma rua Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no fim de maio. 

Quando o tapete foi localizado, às margens da BR-116, a polícia também encontrou um caixa de fósforos e documentos pessoais de Adair. A suspeita é que o tapete tenha sido queimado porque tinha marcas de sangue de Franciele, o que está sendo verificado por uma perícia. O homem está preso deste o dia 2 de junho. “O suspeito fez toda uma narrativa de como os fatos teriam ocorrido. E esse tapete poderia colocar por terra toda a narrativa dele. Foi um dos motivos, acreditamos, que ele teria tentado se desfazer do tapete. Mas ele acabou cometendo alguns erros, deixou cair documento […] Há indícios muito fortes que ele tentava se desfazer de uma prova”, explicou o delegado Herculano Abreu.

Um laudo da perícia da Polícia Civil (PC-PR), obtido pelo jornalismo da RPC, identificou as impressões digitais do empresário na caixa de fósforo que estava junto com o tapete.

A defesa de Adair disse que vai reunir todas as provas coletadas pela polícia e apresentá-las ao empresário para que ele se manifeste. Até esta sexta-feira (9), ele não tinha prestado depoimento. “Essa defesa colherá todos os indícios de prova que foram colhidos até esse momento, levará até o Adair e então definiremos se ele vai continuar em silêncio, até porque até agora não existe nenhuma versão formal deste caso dada por Adair. Ou se ele vai querer dar a versão dele dos fatos, ou quem sabe, uma eventual confissão dele”, disse o advogado Jefferson Nascimento da Silva.

Tapete foi encontrado às margens da BR-116 — Foto: PCPR/divulgação
Tapete foi encontrado às margens da BR-116 — Foto: PCPR/divulgação

Mais detalhes da investigação

Na última terça-feira (6), a polícia localizou no apartamento em que o casal vivia duas apólices de seguro que somam R$ 1,4 milhão e que tinham Adair como beneficiário. Uma das linhas de investigação da polícia considera que o dinheiro possa ter motivado o crime.

Os policiais também encontraram um troféu de torneio de golfe, que pode ter sido utilizado para matar Franciele. De acordo com o delegado Herculano Abreu, a peça tinha marcas que parecem ser sangue. O apartamento também tinha marcas de sangue na sala, que segundo a polícia, foram lavadas.

Segundo Abreu, as investigações mostraram que, após a morte de Franciele, o marido buscou um investimento em nome dela.

O caso

Franciele foi encontrada morta dentro do próprio carro. Ela tinha 36 anos. Imagens de câmeras de segurança registraram Adair José Lago dirigindo o carro com Franciele no banco do passageiro antes dela ser encontrada morta. 

De acordo com o delegado Herculano, as imagens mostram ela na mesma posição em que o corpo foi localizado. A suspeita é que ela já estivesse morta quando eles foram filmados.

Segundo a polícia, o corpo foi localizado após uma equipe ser acionada para verificar uma denúncia feita pelo próprio marido. Ele acionou as autoridades dizendo ter visto, por meio de um localizador, o carro dela parado em uma via da cidade.

Ainda de acordo com a polícia, a mulher tinha ferimentos na cabeça, testa, nuca e tórax. Ela também estava com a bolsa dela no colo.

oreporter

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