Leonides defende investigação séria para apurar crimes em Piên
Ex-vereador ficou preso por 1 ano e viveu os piores momentos da sua vida
Da Redação
Julgamento que durou praticamente 6 dias. Intensa movimentação nos corredores do Fórum de Rio Negro, onde aconteceu o tribunal do júri para apurar responsabilidades nos assassinatos do técnico em segurança Genésio Almeida e do prefeito eleito de Piên, Loir Dreveck. As mortes aconteceram na PR-420 em 2016 e as vítimas morreram com tiros na cabeça. A semelhança entre as vítimas, levou Genésio Almeida a ser morto por engano.
Iniciado na manhã da terça-feira, dia 21, o júri popular terminou as 2 horas da madrugada do domingo (26), com absolvição do ex-prefeito Gilberto Dranka e, do ex-presidente Lonides Maahs. Já Orvandir Pedrini e Amilton Padilha foram condenados pelos crimes. Orvandir pegou 36 anos de prisão e é acusado de negociar a compra da moto usada nos homicídios. Amilton condenado a 48 anos. Ele estava respondendo em liberdade. Mas, ao fim do júri, o juiz de Rio Negro, Rodrigo Murilos, determinou a prisão do réu.
Nesta semana, Leonides foi ouvido pela reportagem de O Repórter e afirmou que os seis anos, desde as mortes até o julgamento, foram os piores da sua vida. “Não desejo a prisão para ninguém. É um mundo cão. Fui preso por um crime que não cometi. Agora, com a minha absolvição, desejo que a polícia investigue a fundo os crimes e descubra quem realmente está por trás disso tudo. As investigações foram falhas, com mentiras em cima de mentiras. Fiquei 1 ano preso em regime fechado e, depois que sai da cadeia, tive que andar com tornozeleira eletrônica até o dia do julgamento. Foram anos de sofrimentos, de muita humilhação, mas sabia que um dia a verdade seria restabelecida, como foi. Graças a Deus tudo ficou comprovado que nada tive a ver com os crimes”, disse Leonides, acusado de ser o mandante do crime que vitimou o prefeito eleito Loir e, que teve a morte de um inocente, o Genésio.
Leonides disse que lamenta as mortes e que sente pelas famílias do Genésio e do Loir. “Só tenho a lamentar isso tudo e, mesmo sendo inocentado, minhas condolências peço aos familiares das vítimas destes absurdos. A polícia deve e tem obrigação de dar uma resposta a sociedade. Sou inocente, mas a pergunta que faço é quem foi o mandante das execuções”, comentou o ex-vereador. Ele disse que pensou em deixar Piên, para morar em outra cidade ou Estado, mas que preferiu esperar pelo fim de tudo. “Ando de cabeça erguida pela cidade, pois sou inocente. Agora, graças a Deus volto a viver a minha vida e agradeço aos amigos e familiares que sempre depositaram confiança em mim. Mas fica a pergunta na minha cabeça: Quem está por trás disso tudo?”. Leonides disse que não vai disputar mais nenhum tipo de eleição. “Quero viver a vida que me resta trabalhando”, finalizou.
Em tempo: A reportagem de O Repórter manteve contato com familiares de Loir Dreveck, para buscar o posicionamento em torno das absolvições de Leonides e Dranka. Apesar da nossa insistência, ninguém quis falar. O espaço continua aberto para o contraditório