Caso Amanda Albach: ‘Sempre foi uma menina muito tranquila’, diz amiga de jovem morta a tiros no litoral de SC
G1 Paraná
Amigos e familiares de Amanda Albach, de 21 anos, estão em choque desde que receberam a notícia da morte da jovem a tiros no litoral catarinense. “Ela sempre foi uma menina muito tranquila, ia na minha casa com a filhinha dela, sempre tranquila, sempre uma menina trabalhadora. É chocante”, afirmou a amiga da vítima, Vânia Nascimento.
O corpo de Amanda, que estava desaparecida desde 15 de novembro, foi localizado na tarde de sexta (3), enterrado na praia Irapirubá Norte, em Laguna (SC). No domingo, o corpo dela foi enterrado em Fazenda Rio Grande.
Segundo o delegado que investiga o caso, três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com o crime. Uma delas era amiga da vítima. A polícia catarinense investiga a motivação do crime. “Eu que sou mãe estou revoltada com isso. Fazenda Rio Grande inteira está revoltada com isso”, disse a amiga. De acordo com o advogado da família da jovem, Michael Pinheiro, os pais de Amanda também estão muito abalados. “Foi um choque muito grande receber a notícia”, disse.
Investigação
A Polícia Civil chegou ao local após a prisão temporária de três suspeitos, dois homens e uma mulher. Eles foram detidos em Canoas (RS), na quinta (2). A denúncia do desaparecimento chegou à polícia catarinense no dia 19 de novembro, quando foram iniciadas as diligências. Nas redes sociais de Amanda, a última publicação que a polícia encontrou foi do dia 13 de novembro. Era uma foto na Praia do Canto, em Imbituba, no Sul catarinense.
Os policiais buscaram informações sobre a vida social da jovem e confirmaram que ela esteve em uma festa no dia 14 do mesmo mês, em Florianópolis. Depois disso, retornou com o trio preso à casa onde estavam, na divisa entre Imbituba e Laguna, no Litoral catarinense. Ao colher depoimento das últimas pessoas que estiveram com a vítima antes do desaparecimento, a polícia encontrou “incongruência em falas”, o que despertou a suspeita do envolvimento do grupo.
Ao ser preso, um dos suspeitos disse aos policiais que fez Amanda cavar a própria cova e, em seguida, disparou duas vezes contra ela. Segundo o delegado Bruno Fernandes, de Santa Catarina, apurações prévias indicam que Amanda foi morta no dia 15 de novembro, logo após mandar uma mensagem para a família por volta das 20h30 dizendo que retornaria ao Paraná no dia seguinte. “A motivação vai ser apurada com todo o contexto, mas, preliminarmente, um dos investigados se sentiu incomodado porque Amanda teria contado sobre o envolvimento dele com tráfico de drogas e tirado uma foto da arma dele. Não gostou da situação e optou por tirar a vida dela”, disse o delegado.
A investigação indica que, quando a jovem mandou o áudio, ela já estava com o suspeito no local onde foi morta. Os policiais ainda não revelaram qual o envolvimento dos outros dois suspeitos.