Após 1º julgamento ser anulado, homem é condenado a 18 anos de prisão por matar socorrista

Compartilhe
Crime foi em 2019, em frente a um restaurante de Nova Aurora — Foto: Reprodução/RPC

G1 Paraná

A Justiça condenou Otávio Teles Wilchan a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado por matar o socorrista do Samu, Luciano Confortin, em Nova Aurora, na região oeste do Paraná. O julgamento de sexta-feira (22) ocorreu após o primeiro ser anulado, por causa de um erro de cálculo da pena. Ele foi considerado culpado com as qualificadoras de motivo fútil e que dificultou a defesa da vítima. Em fevereiro de 2021, o irmão dele, Renan Teles Wilchan, que também era réu no processo, foi absolvido pelo júri. Na mesma data, Otávio havia sido condenado a 15 anos de prisão. Entretanto, à época, a defesa e o próprio Ministério Público do Paraná (MP-PR) recorreram da decisão.

O júri foi anulado porque os jurados decidem apenas pela condenação ou absolvição do réu, quem faz o cálculo da pena é o juiz presidente do Tribunal do Júri. No primeiro julgamento de Otávio, a juíza Bruna Grasso Ferreira considerou a qualificadora de motivo fútil e também o homicídio privilegiado, que reduz a pena. Mas isso é chamado de um erro de quesitação, pois se o júri reconheceu o homicídio privilegiado, cometido por violenta emoção, a qualificadora do motivo fútil não poderia ser considerada, já que elas são contraditórias e opostas. Por esse erro, o júri foi anulado e refeito novamente na sexta-feira. Um novo conselho de sentença foi escolhido, com novos jurados.

Crime

O crime foi em junho de 2019, em frente a um restaurante. O socorrista Luciano Confortin estava de folga e foi morto a tiros durante a madrugada. Um vídeo feito por uma testemunha mostra a confusão dentro do restaurante e depois na rua. Os dois irmãos se apresentaram à polícia alguns dias depois do crime e foram presos. Com a absolvição, Renan foi solto. Otávio é acusado de ser o autor dos tiros. Ele permanece preso na Penitenciária de Foz. Segundo a defesa de Otávio, os tiros ocorreram após uma discussão, em que o réu reagiu em legítima defesa. De acordo com as investigações, a arma do crime foi encontrada na PR-180, entre Nova Aurora e Cafelândia, por funcionários de uma empresa de telefonia.

oreporter

Publicações relacionadas


Isso vai fechar em 5 segundos