Números revelam que abril é o pior mês da pandemia
Oito das 27 unidades federativas brasileiras – incluindo toda a região Sudeste – registraram, até sábado (24), recordes de mortes por Covid-19 neste mês: Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo Amapá e Piauí. Todas, com exceção do Amapá e do Rio de Janeiro, estão no segundo mês seguido de recorde de óbitos. Os dados foram apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de Saúde do país.
O mês de abril já é o pior em número de mortes desde o início da pandemia no Brasil: 67.723 óbitos foram registrados no país até este sábado (24). Antes, o recorde era do mês passado, quando 66.868 mortes foram registradas em solo brasileiro. “Acho que a gente vai poder entender melhor o recorde de mortes quando a pandemia tiver acabado, porque vai poder comparar os estados com mais precisão”, avalia a epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Ela explica que os estados tiveram momentos diferentes na pandemia. “Quando a gente faz esse recorte no tempo, pode ser que não esteja no mesmo momento, e aqueles que estão com mais mortes agora podem não estar depois. Vamos conseguir ter um panorama melhor quando tivermos controlado a pandemia”, afirma. Para a cientista, alguns fatores contribuíram para o recorde no Espírito Santo, por exemplo: uma delas é o fato de a variante B.1.1.7, do Reino Unido, ter sido a predominante no estado. Ela tem sido apontada como mais transmissível – e, por alguns estudos, mais letal, mas isso ainda não é consenso. Outro ponto é que os leitos de UTI e a assistência hospitalar no estado estão concentrados nas cidades maiores.(Portal G 1)